quinta-feira, 27 de março de 2014

Dia Mundial do Teatro - Programação

SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL

Uma estreia absoluta aberta a todos. No palco principal do Teatro São Luiz, a Mala Voadora visita Hamlet, provavelmente, a peça mais célebre de William Shakespeare. Surpreendente e enérgica, ou dito de outro modo, é “um Hamlet com avaria nos travões”, ou não estivéssemos perante a versão conhecido como “mau quarto”. Jorge Andrade encena e interpreta o “Príncipe da Dinamarca”. Entrada livre. 


27 a 30 mar/14
Quinta a sábado, às 21h | domingo, às 17h30
  • 'Hamlet' é o primeiro Shakespeare do coletivo Mala Voadora 
Mala Voadora. William Shakespeare, autoria. Jorge Andrade, encenação; Anabela Almeida, Carla Bolito, Carlos António, David Cabecinha, David Pereira Bastos, João Vicente, João Villas-Boas, Jorge Andrade, Manuel Moreira e Marco Paiva, interpretação.
A mais célebre história de vingança do teatro ocidental está de volta ao palco na sua versão “abastarda”. A Mala Voadora pegou no “mau quarto” do clássico de Shakespeare e virou tudo do avesso. Para ver, em pouco menos de duas horas, no palco do Teatro São Luiz.
A cortina abre-se, e perguntamos, de imediato, que Hamlet é este. Quem está familiarizado com a versão mais representada da tragédia de Shakespeare – oFirst Folio é tido como a versão oficial – detetará lacunas e variações que se acentuam crescentemente ao longo da peça. Estamos perante o Segundo Quarto, aquele que ficou conhecido como o “mau quarto”. Mas não é tudo. Este é também o olhar de Jorge Andrade e da Mala Voadora sobre a peça mais célebre de William Shakespeare. Um Hamlet “mais rápido, mais enérgico, mais cru”, como sublinha o encenador, que também interpreta o herói da peça.
Pegar no “mau quarto”, considerada a “versão pirateada” do clássico (quem sabe escrita a partir de testemunhos de quem conheceu o espetáculo original), permitiu à Mala Voadora “ter carta-branca para moldar o texto è medida do teatro da companhia”. Dispor desta “versão abastarda [traduzida por Fernando Villas-Boas], permitiu-nos implodir o texto e transformá-lo, acima de tudo, num ato de revelação da realidade através do teatro”, salienta Jorge Andrade. 
[texto de Frederico Bernardino | fotografias de Humberto Mouco]

MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL
Para assinalar a data, o Teatro Maria Matos pediu à dupla Ana Borralho e João Galante, a reposição de um espetáculo estreado em 2011. Atlas é uma singular união entre a arte e a vida onde, em palco, uma centena de pessoas com diferentes profissões constroem um atlas da organização social humana, mediante a sua função na sociedade em que se inserem. Entrada livre (ver ficha).

27 e 28 mar/14
Quinta e sexta, às 21h30
Ana Borralho & João Galante, conceito e direção artística.
Na mitologia grega, Atlas é aquele que foi condenado por Zeus a carregar o céu aos ombros. Com 100 pessoas de diferentes profissões em palco, Ana Borralho & João Galante pretendem construir um Atlas da organização social humana, uma representação dos seres humanos através da sua função na sociedade em que se inserem.
Sobre este espetáculo, apresentado em 2011 por ocasião do 42.º aniversário do Teatro Municipal Maria Matos, a investigadora Francesca rayner da Universidade do Minho disse ser "exatamente o que o teatro devia estar a fazer agora, ou seja, a contrapor o poder das pessoas comuns e do teatro às forças que querem que acreditemos que nada disso interessa".
A reposição deste espetáculo assinala o Dia Mundial do Teatro no Teatro Maria Matos.

TEATRO CINEARTE/ ABARRACA
Não é propriamente uma peça de teatro a sugestão d´A Barraca para comemorar o Dia Mundial do Teatro. A companhia de Santos propõe um Encontro Imaginário entre uma figura da política, um poeta e dramaturgo imortal e um dos mais influentes nomes do teatro ocidental. Ho Chi Minh, Luís de Camões e Molière encontram-se às 21h30. O ingresso custa 7 euros.

TEATRO NACIONAL D. MARIA II
Dois espetáculos, uma exposição e uma leitura encenada preenchem este dia tão especial no TNDM II. Pelas 11 e 16 horas, a maravilhosa peça de João Mota, A Porta, a partir de um texto de José Fanha, vai encantar miúdos e graúdos. No átrio do teatro, às 13h e 17h30, Joana Amorim, Joana Bagulho e F. Pedro Oliveira convidam-nos a viajar No Tempo em que os Instrumentos Falavam, para descobrir os encantos da música barroca. À noite, pela 21 horas, o Trigo Limpo Teatro ACERT apresenta 20 Dizer, uma incursão musical e poética pelas palavras de grandes vultos das letras lusas. Ao longo do dia, continua a ser visitável a exposição Lucien Donnat, Um Criador Rigoroso, sobre o percurso e obra de um dos maiores cenógrafos do teatro português. Todos estes eventos têm entrada livre.

27 fev a 30 mar/14
Maiores 6 anos
Quarta a sexta, às 11h (público escolar) | sábado, às 21h15 | domingo, às 16h15
José Fanha, autoria; João Mota, encenação; Bernardo Chatillon, Joana Cotrim, Jorge Albuquerque, Lita Pedreira, Luis Geraldo, Maria Jorge e Rita Figueiredo, interpretação.
Todas as portas têm uma chave. Mas, há portas sem fechadura que abrem com palavras mágicas, como amor e amizade, ou com pequenos gestos que os representam, como um beijo. É, assim, a porta da nova casa. Por mais estranho que pareça, é uma casa sem paredes nem teto. Só com uma porta. À medida, portanto, da nossa narradora e dos seus pais, um jovem casal constituído por um pai que muito sonha e uma mãe que faz das pequenas coisas grandes obras.
Quando a porta se abre, chega uma muito peculiar vizinhança. Temos o Grande Espinafre, dono de uma horta onde que tudo se planta, até parafusos! E, por falar em parafusos, o Xico Parafuso até pode ser um pouco austero, mas tem um coração de manteiga que se rende à poesia – essas belas palavras de outros que tantas vezes passam a ser nossas. Há ainda a Princesa Princesinha, que ainda não é princesa de facto, uma vez que o Príncipe Encantado teima a não chegar. E, falta-nos apenas a algo desastrada Bruxonauta, uma simpática bruxa que só quer ser astronauta, para que esta grande família se componha.
João Mota encena um texto de José Fanha para o público infanto-juvenil, mas, como em todas as peças para os mais jovens trabalhadas pelo encenador, a mensagem e a estética é passível de chegar e conquistar públicos de todas as idades. Como sublinha, “as peças para gente nova ou são para todos ou não são para ninguém” e, em A Porta, todos são desafiados a descobrir o mundo através da imaginação, usando a poesia e o sonho, recorrendo a palavras de Pablo Neruda, Ruy Bello ou José Afonso e, embarcando até, numa viagem sonhada às terras distantes da Patagónia.
Uma peça para tocar bem no fundo do coração de todos, até no dos mais distraídos. E, por isso mesmo, A Porta é, garantidamente, um momento único de teatro para toda a família.
[texto de Frederico Bernardino; fotografias de Francisco Levita]

IMPRENSA NACIONAL - CASA DA MOEDA
Dentro da programação do TNDM II para assinalar o Dia Mundial do Teatro, o ator José Neves lê o texto de Luís Campião Nossa Senhora da Açoteia(Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José Da Silva). A leitura contará com a presença do autor e de João Mota, diretor artístico do TNDM II. Entrada livre.

TEATRO POLITEAMA
Portas abertas a preços reduzidos para ver (ou rever) a Grande Revista à Portuguesa, de Filipe La Féria. João Baião, Marina Mota, Maria Vieira e Vanessa são as estrelas do espetáculo. O preço único neste Dia Mundial do Teatro é 15 euros.

 TEATRO DA POLITÉCNICA
A casa dos Artistas Unidos reserva para este dia mais uma récita de A Modéstia, do argentino Rafael Spregelburd. Com encenação de Amândio Pinheiro, a peça, estreada apenas um dia antes, tem atuações de Andreia Bento, António Simão, João Meireles e Sílvia Filipe. Mediante reserva antecipada, a entrada é livre.
[por Frederico Bernardino]

26 mar a 26 abr/14
Terça e quarta, às 19h | quinta e sexta, às 21h | sábado, às 16h e 21h 
Artistas Unidos. Rafael Spregelburd, autoria; Amândio Pinheiro, encenação; Andreia Bento, António Simão, João Meireles e Sílvia Filipe, interpretação. 
Da autoria do dramaturgo argentino Rafael Spregelburd, A Modéstia faz parte da Heptalogía de H. Bosch, sete obras inspiradas nos pecados mortais do pintor flamengo. Escritas ao longo de uma década, cada uma é um desafio às regras desta civilização em decomposição e uma tentativa de sabotagem do próprio teatro.


TENDA PALHAÇOS DO MUNDO

23 de Abril a 1 de Junho






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