A CAPOEIRA – Companhia de Teatro de Barcelos foi fundada em 16 de Outubro de 1976, na cidade de Barcelos, por um grupo de trabalhadores e estudantes, dirigido por Fernando Pinheiro, tendo apresentado o seu primeiro espectáculo em Fevereiro de 1977, “Quadros Soltos”, no então Liceu Sá de Miranda, de Braga.
Até 1980 produziu mais 7 espectáculos:
-O Bazar do Tiro-Liro, colectiva – 1977
-A Vida em 4 Planos, colectiva – 1978
-Tarrafal Rima com Portugal, colectiva – 1978
-João Mandão, Zé Pimpão e os Sapatos Feitos à Mão, António Ferra – 1979
-O Homem Padrão, A Mulher de Gritos e os Trabalhadores Aflitos, de Fernando Pinheiro – 1979
-O Rei Midas, tradição – 1979
-Cabeça de Abóbora, de Natália Nunes – 1980
2. ASSOCIAÇÃO À MILHO REI – COOPERATIVA POPULAR DE INFORMAÇÃO E CULTURA DE BARCELOS, CRL
Em 1980 A Capoeira – Companhia de Teatro de Barcelos decide aderir à Milho Rei – Cooperativa Popular de Informação e Cultura de Barcelos, CRL e transformar-se no seu Departamento de Teatro. Adopta os seus Estatutos e Regulamento Interno, os quais lhe concedem autonomia administrativa, orgânica e financeira. Ainda no ano de adesão, A Capoeira desintegra-se e todos os seus membros apresentam a sua demissão ao Presidente da Direcção da Milho Rei.
Fernando Pinheiro, então, recupera o projecto a partir de novos actores, recrutados na Escola Secundária de Barcelinhos, onde era professor.
Até 1983, representou aí as seguintes peças:
-Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos, de Alves Redol, com versão cénica de Fernando Pinheiro – 1981
-A Ilha do Rei Sono, de Norberto Ávila – 1982
-A Bicicleta do Palhaço, de Fernando Pinheiro – 1983
O Grupo mantém-se em actividade até 1984, data a partir da qual interrompe a sua actividade, para em 1986 retomar a apresentação da peça A Bicicleta do Palhaço, então muito solicitada. Até 1991 A Capoeira não encena mais nenhuma peça. Em 1992 encena A Farsa de Mestre Patelã e daí para cá não mais deixou de produzir o mais variado tipo de montagens:
-O Meu Caso, de José Régio – 1993
-Salada Russa, de Antón Tchekhov – 1995
-O Baile dos Manhosos, a partir da Farsa de Mestre Patelã – 1996
-Canto Primeiro da Lusofonia – 1996
-O Caçador de Fortunas, de Baptista Machado – 1997
-Canto Segundo da Lusofonia – 1997
-A Bicicleta do Palhaço, (reposição) – 1997
-Um Conselho À Moda Antiga, de Carlos Borges – 1998
-Canto Terceiro da Lusofonia – 1998
-Tristão e Alegrão em Casa, de Fernando Pinheiro e José Gonçalves – 1999
-Canto Quarto da Lusofonia – 1999
-Os Apanhados do Fim do Século, de Acácio Antunes – 1999
-Tristão e Alegrão na Praia, de Fernando Pinheiro – 2000
-Canto Quinto da Lusofonia– 2000
-Dom Serapião, Doente Sim Doente Não, de Molière – 2000
-Sinfonia em Quatro Andamentos, acto de variedades – 2000
-O Mistério do Fantoche Abandonado, de Fernando Pinheiro – 2001
-A Casa de Bernarda Alba, de Frederico Garcia Lorca – 2001
-Canto Sexto da Lusofonia – 2001
-As Profecias do Bandarra, de Almeida Garrett – 2002
-Gramatica do Chão, a partir do poeta brasileiro Manuel Barros – 2002
-Canto Sétimo da Lusofonia – 2002
-As Troianas, de Eurípides/Jean Paul Sartre – 2002
-Auto do Trevo – 2002
-A Sapateira Prodigiosa, de Federico Garcia Lorca – 2003
-Canto oitavo da lusofonia – 2003
-Quaternàrio – 1ª Feira de Artes de Barcelos
-Antigona, de Sófocles – 2003
-Foi na Loja do Mestre André - 2004
-Tartufo, de Molíerie - 2004
-Canto Nono da Lusofonia - 2004
-Políticas, Satíricas e Sentimentais, de Fernando Pinheiro - 2004
-Quaternário– 2.ª Feira de Artes de Barcelos – 2004
-A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente – 2005
-Comemoração do Dia Mundial do Livro – 2005
-Curso de Iniciação e Aperfeiçoamento ao Teatro – 2005
-Canto Decimo da Lusofonia - 2005
-Lenda da Senhora que Passou – 2005
-Linho de Cuco, de Fernando Pinheiro – 2005
-Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente – 2006
-Barcelos By Night 2007
-O Velho da Horta, de Gil Vicente - 2008
-As Ferias do Algarve, de Fernando Pinheiro-2009
-Quem Tem Farelos?, de Gil Vicente - 2010
-Um Auto das Índias adap, de Tania Faria – 1011
3. PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE PERSONALIDADE JURÍDICA
Em 26 de Maio de 2001 os sócios de A Capoeira votam por unanimidade a constituição de uma associação cultural do direito privado sem fins lucrativos, abandonando a associação que mantinham com a Milho Rei, cujos projectos, com o tempo, se tornaram incompatíveis.
Neste momento A Capoeira tem Corpos Gerentes eleitos e Estatutos aprovados e lavrados em escritura notarial datada de 2001.06.08 e a sua publicação no Diário da República ocorreu em 18 de Outubro de 2001, na III Série – nº 242. Está inscrito desde 2 de Julho de 2002 como CCD no INATEL, com o número 4.194 e filiou-se na RNAJ, do Instituto Português da Juventude, em 18 de Março de 2002. Tem 30 sócios efectivos, 12 auxiliares e três Sócios Honorários: Mestre José Veiga, a título póstumo; Cândido Capela e Manuel Sousa, pelos relevantes serviços prestados à associação.
4. SEDE SOCIAL E ESPAÇOS DE TRABALHO ARTÍSTICO
A Capoeira tem sede social numa loja arrendada no centro de Barcelos e continuará a fazer as suas estreias no Auditório da Biblioteca Municipal de Barcelos, em S. Bento Menni.
5. AMPLITUDE GEOGRÁFICA DA INTERVENÇÃO TEATRAL
A Capoeira, apesar de ainda não ser uma companhia integralmente Profissional, visita com regularidade anual cerca de 20 concelhos do Norte do país, sendo, contudo, mais intensa a sua intervenção no Vale do Cávado. Nos últimos anos realizou em média 100 espectáculos ano, para cerca de 15 mil espectadores.
Para além do trabalho de teatro convencional, A Capoeira desenvolve igualmente espectáculos de difusão de cultura poética, declamação de poesia, animação de rua através do grupo “Mimalhos”.
6. PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
Estudo de viabilidade sobre a vantagem da adopção de um modelo organizativo misto que permita, ao mesmo tempo, a sustentabilidade de uma estrutura profissional e de uma estrutura amadora, no âmbito de um quadro funcional de grande flexibilidade, onde a Companhia possa desenvolver programas profissionais autónomos, amadores autónomos e programas conjuntos, num quadro de grande solidariedade e complementaridade, considerado o elevado potencial amador e as virtualidades da escola informal de teatro que o projecto hoje representa.
Instituição de um Centro Difusor de Artes do Espectáculo, ainda que em regime de parceria com instituições públicas ou privadas, como dinamizador da vida cultural da cidade e do concelho e fomentador de relações culturais com o resto do país e da Comunidade Europeia.
Criação de um Centro de Formação Integrada, particularmente no campo da expressão artística e social (teatro, comunicação social, desenvolvimento cultural, etc.), através da organização de cursos, congressos, seminários, etc.
7. SECÇÕES:
FÁBRICA DE SONHOS (Oficina de Formação Integrada)
Iniciou a sua actividade em 2002 com a realização de um Curso de Improvisação, Criatividade e Expressão frequentada por 20 formandos, que foi aberto à comunidade através do espectáculo Gramatica do Chão, coordenado pelo animador Alberto Serra.
Em 2003 realizamos uma OFICNA DE VOZ, sob a orientação do professor Fernando Pinheiro.
Em 2004 realizou-se a oficina de escrita criativa, sob a orientação do professor Fernando Pinheiro, de onde surgiu a edição “A Cabeleira de Berenice”, de Vários jovens autores.
Em 2005 realizou-se o Curso de Iniciação e Aperfeiçoamento ao Teatro, sob a orientação do Dr. Fernando Pinheiro e Dr.ª Susana Pinheiro.
EDITORIAL PALAVRA D’HONRA
A Palavra d’Honra dedica-se à publicação e divulgação de textos de teatro, de crítica teatral e de literatura em geral e de autores barcelenses em particular.
Títulos publicados:
- Sete Salmos e Uma Lenda, contos, de Fernando Pinheiro – 2002
- Estaca Zero, poesia, de Cândido Sobreiro, – 2002
- Odes, Sonetos e Coisas do Género, poesia, de Fernando Pinheiro - 2003
- Lirica Sim / Lirica Não, poesia, 2ª EDIÇÃO, de Fernando Pinheiro - 2003
- Politicas, Satiricas e Sentimentais, de Fernando Pinheiro - 2004
- A Cabeleira de Berenice, de Vários – 2004
- Linho de Cuco, Fernando Pinheiro – 2005
- Os Seis, Sandra Bastos – 2006
8. SÍNTESE DA ACTIVIDADE
- 48 Montagens até Junho de 2010
- 1 123 Representações no Pais e na Galiza
- 163 650 Espectadores
- 145 Espectadores em media por espectáculo
Actuais Elementos Executivos desde 9 de Junho de 2009
- Presidente
Tiago Manuel Rodrigues Ferreira
- Vice-Presidente
Carla Figueiredo Cardoso
- Tesoureiro
Antonio Luis Alves
- Secretario
Sergio Francisco Pinheiro Macedo
- Vogal
Maria Luisa Ferreira Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário